terça-feira, 27 de abril de 2010

Tente.

É como se tudo estivesse mudado.
Com o ódio, voltamos ao passado.
Como se os pescadores ainda não tivessem jogado os anzóis,
Pois no fundo, ainda estamos sós.

Por baixo das cobertas,
Tentando me esconder.
A solidão aperta,
Para todo mundo ver.
A porta e a janela fechada
Farão com que o mundo olhe para você.

Com tudo que vem acontecendo
O ser humano,
Vem se envenenando.
A cada momento,
Aparecem novos planos.

As ambições vão se fortalecendo.
A mesquinhez entre as pessoas,
A cada momento, mas está crescendo.
O controle, foge das mãos
De quem o tenta conseguir.
Fazendo com que a cada momento,
Mas se venha a produzir.

Num mundo de etiquetas,
Não é fácil distinguir:
O que é certo, o que é errado,
E como eu tenho que agir.

domingo, 25 de abril de 2010

Tanto

Tanta água deixei
Por de baixo da ponte passar
Quando a única coisa em q pensei
Era que precisava provar
Que nada a ninguém eu tinha q informar
Tanto sangue deixei
Em minhas veias acumular
Quando era fraco
E tinha medo de me cortar
Tanta vida deixei
Em meu corpo a morar
Quando a morte pensei
Que nunca iria chegar

Escrevendo

Eu deitado no triste sofá,
Com papel e canetas na mão.
Um cheiro de cinzas no ar,
Um aperto em meu coração.

Palavras começaram a surgir,
Como verso em longa extensão.
Palavras de escrita gelada,
Versos com pura emoção.

Ao lado de uma xícara de café,
Tracei linhas imaginarias em uma folha branca.
Ao som das gotas de chuva
O trágico silencio nos encanta.

Com meu pijama azul,
Escutava a chuva cair.
O vento balançava as cortinas,
Sem eu ao menos pedir.

O vento me leva ao fascínio,
A água cai.
O fogo queima
E as palavras escrevo.

Amores Mexicanos

Tudo que eu vou escrever, gera nostalgia e tristeza.
Meu amor, tem morte junto,
Minha morte não tem amor.
Não, o que eu estou falando?
Tem sim.
A morte tem muito amor.
Na realidade, tem amor ate demais.
Se a morte não tivesse tanto amor,
Não teria tanta tristeza,
E junto tantas lagrimas.
Maldito amor.
Porque você sempre interfere?

Acho q a minha morte vai ser a novela mexicana de maior sucesso de todos os tempos.
Amores proibidos, inacabados, inalcançados. sonhos pensados, repensados, e um dia mortos.

Indefinido

Eu quero escrever um poema grande.
Eu preciso escrever um poema grande.
Grande, forte, tocante.
Não posso mas só ficar nessas quadras inacabadas,
Passadas de verso em verso
Sempre com o mesmo tema.
O mesmo lema.


Preciso de um poema.
Mas não só um triste poema.
Preciso da verdade.
Mas se for assim, preciso da tristeza.
Não quero mais tristeza
Quero animação.
Quero um poema real.


Pra ter animação,
Terei que falar sobre o carnaval.
Por favor,
Tudo, menos carnaval.
Carnaval é o fim.
Uma festa banal.


Preciso falar sobre a verdade,
Mas não posso falar de tristeza.
Então já sei:
Vou falar sobre morte.

Aquela aula...

... de educação física estava tão mórbida. Um dia feio: céu azul, poucas nuvens e um grande sol amarelo brilhando, logo hoje que eu havia me esquecido de passar o protetor. Eu, com aquela calça azul de uniforme, com a branca camiseta de Amélia. Já sem os dois casacos que tinha quando sai de casa pela manha. Sorte, que também sem o cachecol que, realmente, pensei em botar. Não mas tão frio quando mais cedo, minha alma continuava congelada. Meu all star na areia, e de repente:

-Natan. Vai, porra.

Uma bola passa sobre minha cabeça, mas eu simplesmente me abaixo. É muito terrível ser obrigado a ficar num campo de areia velha correndo atrás de uma bola quase furada. Continuei andando por aquela areia pisada por todos, indo de um canto a outro, pensando na minha vida. Olhei pro chão, e meu all star tava ali, Já não mas limpo. Aquela areia parecia impregnar nele quando de novo:

-porra, ta do teu lado.

-vai caralho, pega essa bola.

-corre Natan, não fica parado.

Eu, agora, parado no meio do campo, virei minha cabeça para os lados. A professora com aquela cara de sempre, que ainda não aprendi a descrever, olhava pra mim. Com uma viseira azul, calça vermelha, e a camiseta de formatura que eu desenhei. No pescoço, uma corda vermelha segurando um apito amarelo que insistia soar um som desagradável.

-Anda Natan. Você acha q eu não tou te avaliando? Vai jogar, vai.

E eu fui para o outro lado do campo, vi umas pichações no muro, e bateu uma nostalgia da época que minha vida era daquele jeito: de qualquer jeito.

Hoje, são só cobranças e mais cobranças, não sei mas pra que viver, não sei pra que eu vivo. Será que eu ainda estou vivo?

First?

Blog novo, texto novo, ano nem tão novo assim, mas ainda não velho. Velho vai ser, quando tudo que tiver que passar por ele já tiver passado. Independente de quantos dias, semanas ou meses isso leve. Se no ‘fim’ dele ainda não tiver passado tudo, o ano vai ‘morrer’, mas não vai ter a idade que deveria ter pra isso acontecer. Ainda não defini bem ao certo o que vou fazer aqui. Não sei se vou me dedicar a um tema exclusivo, ou se vou deixar uma área mas ampla, pro que ‘der na telha’, mas isso depois eu penso. Tou pensando antes disso em aprender a lidar com ele. Voltando ao ano, esse ano pra mim ta quase velho. Ano bom logo em janeiro. Um grande sonho realizado, mês que vem uma viagem alucinante, e acho que nem tenho outras grandes metas pra esse ano. Só o kumon, claro. Atingir a serie escolar. De resto, ficou velho cedo, mas vou levando. Vai que no meio aparecem novas coisas? Por hora, acho que é isso. Ainda tou meio confuso com a novidade, e tudo mais.